Autor(a) : Enivalda Nunes Freitas e Souza Soraya Borges Costa
Preço : R$ 42,00
N° de páginas : 188
N° do ISBN : 85-87635-94-5
Na infância de um povo, os mitos são sua leitura do mundo, explicam os mistérios da natureza de forma narrativa e plástica. Uma pedra que verte água, um sorvedouro no mar, uma aranha que nunca finaliza sua teia, um galo que nas trevas anuncia o sol, ilhas rochosas que atraem barcos para destruí-los – são muitos os enigmas da natureza. Para decifrá-los, a imaginação de nossos ancestrais criou os mitos, e nisso os gregos foram insuperáveis. Se eles tivessem apenas explicado os fenômenos naturais, talvez seus mitos não conservassem o fascínio que ainda exercem sobre o homem moderno, porque
hoje a ciência desvenda esses enigmas. Contudo, em muitos relatos míticos, os gregos associaram um mistério da natureza a um mistério da alma humana, em replica watches simbiose perfeita. E a alma ainda tem abismos insondáveis. Os mitos de Narciso e de Perséfone apresentam essa dupla face. O primeiro justifica a existência de uma determinada flor, o segundo, a alternância das estações do ano em ciclos de germinação e de colheita. Mas Narciso também fala da solidão, da incapacidade de amar, do autoerotismo. Perséfone, por sua vez, fala do medo e também dos laços familiares, dos vínculos que unem mães e filhas e que não se anulam com o casamento. Narciso e Perséfone não se circunscrevem ao mundo do mito grego, tão recuado no tempo, mas são personagens que revivem nos conflitos de pessoas reais, em todas as épocas, e, por isso mesmo, são retomados sob muitas faces pela literatura e pela arte. A atualidade desses dois personagens emblemáticos da mitologia grega constitui o fundamento de Reflexos e sombras: arquétipos e mitos na literatura.
Sobre as organizadoras
Enivalda Nunes Freitas e Souza, professora Associada do Instituto de Letras e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), na graduação e na pós‐graduação, é doutora em Literatura Brasileira pela USP e pós‐doutora em Teoria da Literatura pela UFMG, com a pesquisa O canto ancestral de Dora Ferreira da Silva: arquétipos do sagrado, cujo resultado sairá em livro. Organizou o livro de poemas Experimentando a vida: cotidiano, esperanças e sensibilidades, coorganizou as obras Roteiro poético de Hilda Hilste Sonho de um repentista – versos do poeta logogrífico Canelinha, todos editados pela EDUFU. Tem artigos publicados sobre Hilda Hilst e Dora Ferreira da Silva. É líder do POEIMA – Grupo de Pesquisa Poéticas e Imaginário. eni@ufu.br
Soraya Borges Costa é mestre em Teoria Literária pela Universidade Federal de Uberlândia, com a dissertação A poesia de Cecília Meireles em replica watches for sale busca do rosicler, e doutoranda no programa de Estudos Literários da Universidade Federal de Minas Gerais, onde desenvolve pesquisa em Literatura Comparada sobre as poéticas de Federico García Lorca e Cecília Meireles. Tem experiência no ensino superior de Letras, com ênfase em Teoria Literária, Literatura Brasileira e Literatura Comparada realizando, principalmente, estudos que entrelaçam poesia e imaginário. Dentre os últimos artigos publicados, destacam‐se “Cecília Meireles e García Lorca entre os espelhos de Narciso” e “Metafísica e ritualismo alquímico no itinerário de Cecília Meireles”. É pesquisadora do POEIMA – Grupo de Pesquisa Poéticas e Imaginário. sorayabcb@yahoo.com.br