Notícias

Literatura
Caneta leve e livre

Escritora Sônia Marise Teixeira Silva lança hoje o livro Outros Guardados
Sebastião Vilela Abreu chopard replica, panerai replica
14 de março de 2013 

Na sede da União Brasileira de Escritores de Goiás, no Centro de Goiânia, a escritora Sônia Marise Teixeira Silva de Souza Campos lança o livro Outros Guardados, pela Cânone Editorial. São 38 textos curtos em prosa, com começo meio e fim. “Para alguns, são crônicas, outros dizem que são contos”, fala a escritora, que mais adiante conclui que é “uma coisa mista”.

Outros Guardados é a segunda obra da trilogia Escritos do Baú, iniciada com Guardados, poemas lançados em 2005, e que será concluída, posteriormente, com Achados e Perdidos, carinhosamente descrito pela autora como prosa poética, poemas de porta-luvas, gavetas e afins. Guardados e Outros Guardados, como Sônia Marise afirma, se complementam. ”Podem ser lidos separadamente”, informa. As duas obras têm o mesmo teor existencial, histórias de vida envolvendo um tempo. “O relicário existencial que cada um tem”, define.
O relicário existencial de Sônia Marise começa em Goiânia, no antigo Bairro Popular, onde nasceu. Segue para Jataí, no Sudoeste Goiano, cidade que a acolheu na infância. Lá, se formou normalista na adolescência, foi emancipada pelos pais para trabalhar, exercer a função de professora de português. “Por dez anos, fui professora. É uma carreira bela, sofrida, pouco valorizada”, indica o motivo que a levou a desistir da profissão.

AVONATO
De volta a Goiânia, a escritora graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Goiás e depois em Letras, pela PUC Goiás. Em 1972, casou-se com Lázaro Ferraz Campos, com quem tem dois filhos, entre eles Paula Beatriz, mãe de sua única neta Sophia (que completou 10 anos de idade ontem). “Me supero como avó”, fala sobre a condição de “avonato” e seu atual prazer.
Como advogada, Sônia Marise atuou na Celg, usando por décadas “a tal caneta pesada, do Direito e secular”. Após a aposentadoria, libertou, de vez, a “caneta leve, sensível da literatura”, organizando a trilogia Escritos do Baú. A caneta leve de Sônia Marise também pode ser malcriada. Como observadora contumaz da sociedade em que vive, ela não se resume a contemplar os fatos. “Ainda hoje, as pessoas se assustam com a verdade”, diz, sobre o teor crítico da sua caneta leve.
Entre as duas canetas, a escritora diz que seus filhos são frutos da mais leve e sensível escrita. “Para eles, cantei quando criança, escrevi versos e em prosa e continuo me dedicando”, orgulha-se Sônia Marise, que tem outro motivo para brindar ainda mais a vida, a presença sempre constante da mãe, a artista plástica Dagmar Teixeira França.
Livro: Outros Guardados (Prosa)
Autora: Sônia Marise Teixeira Silva de Souza Campos
Editora: Cânone Editorial
Preço: R$ 25
Mais informações: 3093-7082

Jornal O popular, Sebastião Vilela Abreu,14/03/2013.