Autor(a) : Luís Araujo Pereira
Preço : R$ 35,00
N° de páginas : 148
N° do ISBN : 85-87635-68-9
Neste novo livro de poemas, Luís Araujo Pereira oferece ao leitor um minicompêndio de versos – denso, provocativo, desafiador, mas ao mesmo tempo marcado por um humor ferino e uma certa leveza. Leveza, no entanto, que pode ser enganadora, já que sua poesia está repleta daquilo que podemos chamar o “peso do mundo” – um peso que resulta do Tempo, que age sobre tudo e sobre todos. Usando um vocabulário simples, reduzido à dimensão cotidiana; um ritmo encadeado por versos curtíssimos que compõem estrofes e poemas de tamanhos também mínimos; uma configuração de imagens poéticas que tende, muitas vezes, ao instantâneo, sem perder uma certa dose de concretude e de nonsense – recursos já presentes no belo livro anterior do poeta, Linhas (1984) –, nesta nova obra Luís Araujo radicaliza essa fórmula. Escrevendo como quem desafia, convida o leitor a partilhar suas múltiplas referências. Referências que ora surgem claras como água, ora enigmáticas, numa escrita que presta reverência a Bandeira, Cabral, Cortázar, sem perder, todavia, sua marca autoral.
Sobre o autor
Luís Araujo Pereira nasceu em Pirapora (MG). Ofício fixo (1968), livro de poemas e prêmio da Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, Pequenas perversões (1979), livro de contos ainda inédito e prêmio em concurso nacional de literatura, cada um, ao seu tempo e ao seu modo, indicavam possibilidades estéticas que, em seguida, seriam abandonadas. Licenciado e bacharel em Letras, fez mestrado em teoria literária, sob a orientação de Claude Bremond, na escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, de Paris. Tem diversos trabalhos publicados em antologias, revistas e jornais. Entre outras atividades profissionais, foi professor do Departamento de Letras do ICHL-UFG, redator de propaganda e editor de textos técnicos, além de cronista do jornal O Popular. A linha estética adotada no livro Linhas (1994), publicado na Coleção Vertentes da Editora da UFG, tem continuidade nesta última obra poética Minigrafias (2009).